Vocação: comprometimento e abertura!

Milícia da Imaculada! Desta forma a voluntária Bete Lima acolhe a ligação de uma jovem, que gostaria de colocar suas intenções para o santo terço. No diálogo, elas vão se conhecendo e percebendo que Nossa Senhora estava construindo o reino de Cristo.

Marlete, de origem mineira, havia telefonado para agradecer a Deus por meio de Nossa Senhora, a graça de ter encontrado um trabalho. De simples ouvinte, após esta ligação, se torna voluntária da Milícia da Imaculada.

"Nossa Senhora me quer para trabalhar na obra dela, me senti realizada." Assim pensou a recém consagrada ao desligar o telefone. Marlete, no final de semana, havia participado do retiro dos jovens da MI e entregado a sua vida nas mãos da Imaculada.

O ideal de São Maximiliano Kolbe foi conquistando o coração da filha mais nova da família Alves de Lacerda, que antes de chegar em São Paulo, viveu em Minhas Gerais e no Paraná. De sua infância lembra da seringueira que ficava na frente da porta da cozinha e das brincadeiras com os sete irmãos.

Quando criança, ao voltar da escola, escutava sempre a oração da Ave Maria que, pontualmente, às seis horas da tarde, invadia os ouvidos dos habitantes daquela pequena cidade onde morava.

Na terra da garoa, sem as ruas de terras, os campos, as brincadeiras, Marlete se depara com uma outra vida, novas amizades, planos, projetos. Recebe o sacramento do crisma, tinha o desejo de frequentar o grupo de jovens, mas a timidez a impedia.

Foi na Universidade São Marcos, estudando Administração de Empresas, por meio de uma amiga, decide fazer o encontro de jovens, mas era muito longe, por isso, não consegue ir com assiduidade às reuniões.

Mas a grande descoberta de sua vida se dá  na Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo do Campo, com os jovens da CJC, onde se engaja na equipe de liturgia e vive o retiro da Milícia da Imaculada. "Foi algo realmente mais comprometedor, o encontro."

A consagração a Nossa Senhora transforma a vida da Marlete, que nunca havia pensado em ser freira ou missionária. "Pela primeira vez me senti completa, estava super feliz com aquilo que fazia. Meu caminho na MI me ajudou a dizer o meu primeiro sim."

Mas ao mesmo tempo, sentimentos contrários penetravam em sua alma, ela sempre desejou casar e ter filhos. "Se fazer a consagração como eu tinha feito na MI, enquanto leiga, trabalhando voluntariamente, me realizava, imagina como seria consagrar a vida totalmente a Deus."

Comprometimento e abertura são palavras-chaves para dizer o sim. Hoje, Marlete é Missionária da Imaculada-Padre Kolbe e exerce a função de diretora da comunidade de Campo Grande - MS.

Lourdes Crespan

Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

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